Elisabete Jacinto, mulher num desporto tradicionalmente masculino, com uma reconhecida notoriedade a nível nacional e internacional, apresentou resultados notáveis em categorias de exigência extrema: moto e camião.
É por isso um exemplo notável de sucesso e superação.
Uma das primeiras mulheres do Mundo a terminar o Rali-Dakar em camião.
Primeira Mulher a ganhar uma prova da Taça do Mundo em camião.
Primeira mulher a nível mundial a ganhar a Categoria Camião numa ultra-maratona de todo-o-terreno, o Rali Africa Eco Race em 2019.
Primeira Senhora da Taça do Mundo de Todo-o-terreno em moto em 1999, 2000 e 2001.
Vencedora da Taça de Senhoras do Rali Dakar em moto em 2000 e vice-campeã em 2001.
Quatro participações no Rali Dakar em moto.
Elisabete é conferencista motivadora para congressos universidades e empresas.
As suas conferências são únicas, pensadas e dirigidas para o público alvo.
Utiliza os conhecimentos adquiridos na sua carreira desportiva e a sua experiência como gestora de equipa como suporte para o desenvolvimento do tema que lhe é proposto.
Adequa o seu discurso aos objectivos utilizando as suas histórias pessoais como incentivo.
Adapta-se à disponibilidade de tempo.
Uma história de superação
Tirar a carta de moto foi a sua primeira grande aventura, numa altura em que as mulheres, em Portugal, não cometiam tal ousadia. A compra de uma moto de todo-o-terreno deu origem às passeatas de fim-de-semana com os amigos e, logo depois, encorajada por eles, fez a sua primeira prova de competição. Nesse dia Elisabete descobriu que, afinal, era muito mais capaz do que pensava e dedicou a sua vida a tentar descobrir os seus limites.
Fazer o Rali Dakar, uma prova considerada só para alguns “homens de barba rija”, foi o maior de todos os desafios. Consegui-lo constituiu uma enorme prova de superação por não ter tido qualquer assistência devido ao acidente sofrido pelo seu carro de apoio provocado por uma mina à entrada da Mauritânia.
Esta experiência deu-lhe a convicção de que poderia fazer na vida tudo o que quisesse. Porque não competir em camião?
Iniciou a sua carreira desportiva em camião com o objectivo de chegar ao topo da classificação geral e, o que era considerado por todos como algo impossível, tornou-se realidade. Elisabete tornou-se a única mulher do mundo a vencer a Categoria Camião. Com poucos recursos financeiros, uma equipa pequena e um camião pouco competitivo, foi superando as inúmeras adversidades. Aprendeu a trabalhar em equipa, levando-a ao seu máximo desempenho, a liderar em situações extremas e a resolver todo o tipo de problemas.
Pelo caminho ficaram muitas histórias de superação e resiliência que são a prova de que a vontade, disciplinada e bem orientada, nos leva até onde queremos ir.