Tainá teve uma vida nómada e acabou por aterrar em Portugal, vinda do Brasil. A viver em Lisboa passeava um dia pelas ruas quando se juntou espontaneamente a uma jam de um grupo de músicos e foi desafiada a cantar Corcovado, de Tom Jobim. No final soube que se tratava da banda de Erlend Øye, dos Kings of Convenience, que no dia seguinte actuava a solo no Capitólio. Convidada a assistir ao concerto, Tainá cantava à porta da sala quando Erlend Øye a ouviu e se lhe juntou: impressionado, propôs-lhe actuar na primeira parte dos seus dois concertos seguintes em Portugal.
Estes e outros factos transformam-se em histórias fascinantes quando relatados por Tainá, exímia contadora, cantora e compositora, que no seu disco de estreia, Sonhos (2019), começa a construir um legado musical e lírico capaz de unir os dois lados do Atlântico. O seu álbum de estreia foi, também, distinguido nos Prémios Play na categoria de Lusofonia, premiando o trabalho árduo, sacrifício e coragem de Tainá.
Em 2022 editou Rio, uma música sobre a tristeza mundana: “Esse rio não cessa nem um bocado e não te deixa respirar”, canta Tainá. Esta canção sucede a Peito Dividido, editado em 2021, que reforça que as origens da artista estão sempre presentes em tudo o que faz. Também em 2021 concorreu ao Festival RTP da Canção com Jasmim, escrita e interpretada pela própria Tainá.
As suas palestras focam os temas da Criatividade, Sustentabilidade e Sound Healing.